sexta-feira, 24 de junho de 2011

Discutindo propostas 1: a questão da Universidade Tecnológica

Uma questão que não deveria, mas acabou entrando no âmago da campanha é a tal Universidade Tecnológica. Falando sério, pois que o momento exige seriedade, faz sentido para alguém lúcido e bom da cabeça propor que o Brasil se mude para a Europa? A comparação é muito apropriada!

Como preguiça e desinformação ainda reinam, o jeito é trazer à luz os links que oferecemos, como este, da ANDIFES, Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, bastante representativa. UFMG, UFRJ, UFPE, UFU, UFRGS, UFTPR, ...

“...
Estimuladas por Vossa Excelência (para o Lula, 19/7/2010) e pelo ministro Fernando Haddad, com apoio do Ministério do Planejamento e pautadas na credibilidade desse governo, as universidades federais brasileiras corresponderam aos incentivos e estão vivendo o seu maior crescimento da história. Uma vitória que gera frutos que ultrapassam os muros dessas instituições e proporciona uma oportuna e necessária mudança na educação superior e na ciência e tecnologia do Brasil.
Isso nos dá a oportunidade de apresentar um pedido, que é passo importante para consolidar este sistema: gostaríamos, Senhor Presidente, de ver ainda em seu governo a transformação dos Cefets de Minas Gerais e do Rio de Janeiro em Universidades Tecnológicas. Este pleito antigo conta com o apoio de todas as universidades federais, dos governos desses estados e da unanimidade das respectivas bancadas estaduais e federais. É uma medida de reconhecimento do mérito acadêmico dessas duas instituições, que possuem todas as qualidades de uma universidade, que não gera comprometimento financeiro, e que, portanto, só engrandecerá a vossa biografia, e a educação superior brasileira.
...”



Tipo assim... Se não custa nada, só uma canetada, por que Lula não a deu? SETEC, 3/5/2011: “Não é verdadeiro que o MEC tenha acenado com a possibilidade de o Cefet-MG transformar-se em Universidade Tecnológica, pois além de esta não ser uma política do governo, o mesmo não possui requisitos legais necessários para tanto.” Indo mais longe. O próprio e esclarecedor Sr. Eliezer Pacheco explica em carta ao Cefet de 26/5/2010: “... O Instituto Federal será, sem dúvida, um dos principais protagonistas da expansão da educação pública desse país. Aliás, a Lei 11.892 o definiu como um modelo institucional para todo o processo de ampliação e expansão da educação profissional e tecnológica federal... princípio norteador ... Cabe ressaltar que não é apenas a norma ou a decisão de governo que atribui ao Instituto Federal estas características e funções, mas a própria sociedade. Na Conferência Nacional de Educação – CONAE 2010, a sociedade brasileira deliberou pela triplicação do número de unidades dos Institutos Federais e por uma fonte permanente de recursos para consolidar esta ampliação. A sociedade brasileira quer, portanto, afastar definitivamente os tempos sombrios  que acompanharam a educação profissional e tecnológica, colocando os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia na vanguarda do processo de expansão e qualificação da educação pública nacional.”

Sinceramente, até para os alunos: precisa explicar mais?

Sendo assim, vejamos o que dizem os 3 únicos candidatos que restam, com força política, na disputa.

O candidato chapa 2 (parte da fala no vídeo 1) se diz “simpático” à idéia de UT, embora diga que neste governo é difícil.

O candidato chapa 1 (parte da fala no vídeo 3) conta a sua versão da estória de luta pela UT, e etc, e diz que o governo incentivou primeiro, agora não deixa, e parará e pororô! Tá bom... A defesa deste modelo passa, primeiro, pela vaidade individual de querer ser reitor nomeado, caso a transformação ocorresse. Segundo, pela própria questão que tanto defendemos: a Democracia que queremos e a Ditadura que a “sandice” defende! Note em Hebe: “Nos IFs as unidades têm orçamento próprio... Exige maior participação da sociedade e transparência... O Conselho Superior tem participação paritária da comunidade...” Ou seja, o que a “sandice” sempre quis foi nomear diretor de UNEDs, deixá-los de pires nas mãos dependendo de recursos, dinheiro, sempre na mão da diretoria, só negociar tudo em troca de apoio e subserviência, mantendo a ditadura para sempre. Basicamente, a recusa ao modelo IF é isto. Mesmo cometendo a burrice de obrigar o governo a abrir outro, que já está bem grande. Veja o IFMG: unidades em Bambuí, Betim, Congonhas, Formiga, Valadares, Ouro Branco, Ouro Preto, Neves, São João Evangelista, Sabará, Monlevade, Pompéu, Piumhí, Oliveira e só crescendo! Sede em BH! Isto aí poderia ser Cefet-MG, mas, a “sandice”, no desejo insano de manter a qualquer custo, a qualquer preço, a Ditadura, nem considerou, sequer olhou, NÃO QUIS E PRONTO! Importa para eles não é tamanho, é só mandar e desmandar!


Quem "defende" ou é "simpático" à Universidade Tecnológica precisa explicar por que, como na do Paraná, a única, somente 17,5% das vagas (página 15) são de cursos Técnicos lá! E o que se pretendia fazer, caso esta "sandice" fosse implantada pelos PhDeuses da direção, já que, aqui, no Cefet, 83,2% dos professores todos são dos cursos Técnicos! Iriam demiti-los? Aposentá-los? Deslocá-los para os cursos Superiores? O quê, senhoras e senhores, seria feito conosco? É por esta e por outras que estamos neste caos administrativo! Caminhamos sem rumo, ao contrário do Lula (assista o vídeo, ao final deste link), sem saber de onde viemos nem para onde iríamos!

Nosso candidato ROGÉRIO ROSA CHAPA 6, DEMOCRACIA E MORALIZAÇÃO, É O ÚNICO que dá um tom plausível à questão! O CEFET-MG, COM TODOS OS PROBLEMAS, JÁ É ÚNICO! ESTAMOS EM TODOS OS NÍVEIS DE EDUCAÇÃO! O GOVERNO LANÇA O PRONATEC E AGORA PRECISA DE PROFISSIONAIS PARA OS PRÓPRIOS INSTITUTOS CRIADOS, EM CRIAÇÃO E EM EXPANSÃO!

E nós, com 100 anos de história, podemos ser UMA ESCOLA MODELO, DE REFERÊNCIA, PORQUE TEMOS TRADIÇÃO E TECNOLOGIA DE FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS NESTA ÁREA! Não na base da “sandice”, que andou impedindo licenciaturas, cegueira total!

Assim, não precisamos querer ser nada além do que sempre fomos, CEFET-MG, para podermos também assumir um papel protagonista, não subalterno tampouco em conflito! Antes em consonância completa com as políticas de governo e com o MEC. E, na vanguarda, obtendo financiamentos e verbas não na base da troca de apoio político, as famosas emendas “casadinhas”, mas na base do convencimento político da relevância deste papel que podemos e queremos assumir, e a “sandice” jamais enxergou, porque a ditadura é cega, e nem deixou quem viu se manifestar! Ou, muito menos, ouviu o que quer que fosse!

Veja o vídeo, começamos em 6'10'', e tire suas próprias conclusões.

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